Abraça-me com ternura e ledice tanta
Depois me prende com as duas tranças!
Os olhos – parecem gêmeas crianças:
Uma baila enquanto que a outra canta!
E enquanto me enlaça o seu corpo esguio
Tortura a minha volúpia e o meu desejo!
O meu olhar emite, da paixão, o lampejo
E as mãos umedecem com o suor frio...
As pernas sacodem feitos os bambuzais
Quando sopra forte e impetuosa ventania.
Dos seios – os lírios são adornos fatais
Sobre a epiderme rósea. É cândido o riso!
Os meus olhos nos seus olhos – dão poesia
Um beijo apenas e terei o céu e o paraíso...
José Anchieta
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