Sei que nunca terei os teus carinhos,
Sei que nunca terei o teu amor!
Sou espinheiro à margem dos caminhos,
És a gota de orvalho sobre a flor!
Nasci no pó e ferem meus espinhos,
Nasceste em nuvem branca de esplendor.
Morro no mundo triste dos sozinhos
Voltas aos céus em blocos de vapor!
Ah! Amo-te demais, com desatino,
Mas sei qual a distância nos separa
E acato as leis amargas do destino.
Curtirei em segredo esta paixão,
Guardando n’alma tua imagem rara,
E a dor no apaixonado coração!
Lucan (Um amigo do Recanto)
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