segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Poema Sacro



 
Ele morreu para dar-me a vida e o perdão
E carregou sobre Si minhas dores.
Uma coroa de espinhos... Ao invés de flores,
(Que eu quereria), para perfumar-lhe o chão

Da via-crúcis em que, Ele seguia...
Quantos erros simbolizados na cruz.
As afrontas da humanidade sem luz
-Quanta bondade! - Oh! Quanta agonia...

-Jesus Querido, sou muito Lhe Grato
Pelo Teu sangue vertido no lenho.
Mas mesmo assim, sei que sou ingrato

Por não servir-Te com grande engenho.
Na Tua presença descalço os sapatos,
Retiro a gravata. Sou frágil desenho!

José Anchieta

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